Conheça o distrito de Morro do Ferro por um ângulo que alguns omitem ou desconhecem. Sei que todas mudanças são difíceis, mas empurrar os problemas "com a barriga" é no mínimo falta de cidadania e coragem. Veja os projetos (Aquecedor Solar Reciclado, Erosões, Guarda Ambiental, Fogueira Ecológica, Abrigo ou Rodoviária, Serra da Capelinha, Vídeos, Fotos e muitos mais) acessando o blog que ultrapassa 4500 visitas, (não digite "www"), apenas: ildeano.blogspot.com
"Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro."
Provérbio Indígena
Cidade
das águas
Certamente você, amigo leitor, está imaginando que estou me referindo
à cidade italiana, Veneza, que tem as águas como parte marcante do seu cenário,
ou talvez, o arrojado projeto de Frutal/MG. Não! Estou abordando as cidades,
cujas partes de suas ruas e edificações permanecem submersas por algumas horas
ou dias, no período das chuvas, aí incluo nossa querida Oliveira, que viveu
essa trágica experiência.
O código florestal nos diz que as margens dos
cursos d’água devem ser respeitadas, protegidas pelas florestas, mas o que vejo
nos aglomerados urbanos, é que as edificações fazem o papel das extintas matas
ciliares e nas áreas rurais predominam lavouras ou pastagens. Na maioria,
inadequado, fora das técnicas essenciais para a preservação do eco-sistema, da
natureza, dos imóveis e dos empreendimentos em geral.
Enquanto os técnicos tiverem que obedecer aos
políticos, a situação se repetirá. Todos sabem as causas, mas ninguém está
disposto a dar o primeiro passo e ainda conseguem aproveitar para arrancar
votos oriundos desses fenômenos climáticos. E assim, a humanidade paga caro
pela omissão de seus governantes. Os transtornos são gigantescos: vidas que se
vão, abalos psicológicos e a necessária reposição de bens materiais.
Caros senhores oliveirenses, é lamentável o que
vocês passaram no início deste ano (2012). Essas enchentes são reflexos do
descaso do poder público que evita tratar o assunto ambiental e faz como Pôncio
Pilatos “lava as mãos”. Aqui, em Morro do Ferro, não é diferente. O relógio é a
fita métrica que encolhe com a proximidade dos abismos e fingimos não ver. Não
aprendemos com os erros e deixamos que eles voltem à tona no próximo episódio.
E assim, deletamos facilmente de nossa memória, os transtornos vividos
recentemente e esquecemos que os conhecimentos adquiridos são para serem
colocados em prática, principalmente na própria comunidade.
Até
então, infelizmente, faltam iniciativas preventivas que proteja nossa gente. E
assim, mal comparando à Veneza, cujas nossas gôndolas são: sofás, geladeiras, armários que flutuam nos
pequenos riachos, acompanhados por inúmeros rejeitos humanos. Observo os carros como barcos em naufrágio e olhares em
lágrimas os vendo desaparecer nas barrentas águas da destruição.
Falar em meio ambiente significa dar destino
correto ao lixo, impedir construções em áreas de risco, evitar incêndios;
proteger as matas, cuidar das nascentes, propor calçamento,
ao invés de asfalto, combater as voçorocas, etc. Essas devem ser uma das metas
da Guarda Municipal Ambiental, uma equipe que estará presente durante o ano
todo, trabalhando por um município sustentável.
As águas baixaram, mas os leitos dos rios são ainda
menores, devido o assoreamento e acúmulo de lixo, as ruas continuam
impermeáveis. Portanto, não espere as leis serem impostas, faça sua parte, não
aceite sacolinhas ou então destine para os catadores de lixo reciclável, e daí
por diante.
Temos
que mudar, não podemos pagar com vidas, pois os patrimônios adquiridos com suor
estão sendo saqueados pelas águas: “do descaso, da omissão, da falta de
educação", pois há conhecimento de sobra.
Acessem
meu blog: ildeano.blogspot.com e vejam minhas matérias e façamos agora
uma corrente, onde só votemos em candidatos que forem trabalhar o Meio
Ambiente, aqueles que levantem a bandeira da sustentabilidade, que tem visão do
amanhã, que estão sempre atentos às causas humanitárias, ou seja: que prefiram
antecipar a execução de projetos, sem a necessidade futura de remediar. Que a
Secretaria do Meio Ambiente não seja uma mera repartição esquecida nos
labirintos e sim, uma das principais instituições públicas e que seus
secretários sejam pessoas qualificadas para tal pasta.
Desculpe
pelo desabafo, mas não dá mais pra esperar o filme repetir outra vez... É
preciso agir! Aprendi na escola que “o homem é o único animal racional”, pena
que muitas vezes ele não canalize sua capacidade de raciocínio para preservar
sua própria vida e, consequentemente, a vida do planeta.
Ildeano
Sebastião Silva.
Maio
de 2012
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